Apenas no século XX foi descoberto o sistema sanguíneo ABO, tornando possível a realização de transfusões seguras, possibilitando a superação de algumas problemáticas, como a rejeição durantes cirurgias de risco e a falta de tratamento para doenças crônicas.Atualmente, há um novo obstáculo: a baixa porcentagem de doações causadas pelo medo, falta de consciência, de informação e de locais apropriados. Para a sociedade o ato de doar sangue é nobre, entretanto, poucos o fazem, apenas 1,8% da população, número extremamente baixo comparado a meta da OMS (Organização Mundial Da Saúde) de 3%.Segundo pesquisa realizada pela FATEC, 26% das pessoas deixam de fazer a doação por medo do processo gerado pelos mitos populares, como deixar o sangue ralo, causar anemia e perda de peso, a grande causadora dessa situação é a falta de informação.Assim, a maior parte dos cidadãos não sabem que uma única contribuição pode ajudar até quatro pessoas ou como o sangue é reposto pelo corpo naturalmente, o que dificulta a iniciativa. Além do mais, 27% não doa por nunca ter precisado de transfusão, logo, pode-se inferir que parte das doações provém de quem já precisou ou conhece alguém que precisou, mostrando a falta de conscientização e noção de convivência em sociedade.Dessa maneira, ao seguir a teoria do sociólogo Émile Durkheim em que a compara com o corpo biológico em que as partes interagem entre si e são necessárias para um bom funcionamento, nota-se que a falta de interação justifica o desempenho defeituoso de nossa sociedade. Ademais, exitem 500 serviços de coleta, um número consideravelmente alto, contudo,não é suficiente para um país de características continentais. Dessa forma, fica evidente a baixa iniciativa popular para as doações e as dificuldades de quem o faz, portanto, cabe a Secretaria de Comunicação Social liberar verbas para campanhas publicitárias incentivando a doação de sangue com histórias de quem foi salvo e desmentindo os mitos sobre o processo.Outrossim, o Ministério da Saúde, com verbas do Fundo Nacional da Saúde, deve disponibilizar mais postos de coleta com distribuição de cartilhas nos arredores das localidades escolhidas, enquanto o Ministério da Educação realiza palestras educativas sobre a importância de um banco de sangue preenchido.