" Doe sangue,doe vida". Foi uma das várias frases utilizadas pelo Ministério da Saúde,em suas campanhas educativas,com o intuito de conscientizar e incentivar a sociedade brasileira da importância de doar sangue. Entretanto,nem toda a população está apta a realizar tal ato,seja pelo acometimento de alguma doença que impossibilite essa atitude ou até mesmo o preconceito em relação à doação de sangue por determinados grupos sociais. Primeiramente,deve-se evidenciar que o preconceito aos homossexuais,que querem doar sangue,não está restrito ao país. De fato,o atentado à boate gay,no Estados Unidos,no ano passado,trouxe à tona tal realidade,pois os sobreviventes dessa tragédia não puderam realizar essa atitude de solidariedade aos feridos por conta da sua orientação sexual. Embora,no Brasil,haja uma regulamentação mais branda que possibilita que eles doem,caso mantenham um período de abstinência sexual de um ano,prevalece ainda uma forte rejeição e,principalmente,a manutenção de alguns estereótipos que,por sua vez,associam a homossexualidade à promiscuidade e a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis por esse grupo,porém tal comportamento não só está presente entre os héteros,como, também,eles são possíveis transmissores de doenças como a AIDS. Para Max Weber,sociólogo alemão,as ações individuais,que levam em consideração os demais membros,são os responsáveis por mover uma sociedade. Diante disso,meios que visem esclarecer as dúvidas da população sobre a doação de sangue e,principalmente,incentive-os a realizar esse ato são fundamentais para a construção de uma sociedade que põe em prática o príncipio da empatia. Logo,métodos que aflorem nos brasileiros atitudes de solidariedade ao próximo são cruciais para um país melhor e mais evoluido Fica claro,portanto,os obstáculos que dificultam a doação de sangue de modo pleno no Brasil. Nesse contexto,é fundamental que as televisões abertas,por meio de ficções engajadas,promovam debates,sobre esse tema,com o intuito de combater a ideia sobre a existência de grupos de risco para determinadas doenças sexualmente transmissíveis,mas sim que há comportamentos de risco para essas enfermidades que independem da orientação sexual. Além disso,as Ongs possuem o papel de incentivar a doação de sangue por meio de campanhas educativas,nas comunidades,e a promoção de plantões "tira-dúvidas" sobre esse ato.