Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 26/08/2017

Em conformidade com Durkheim, o fato social consiste em maneiras de agir e de pensar, atribuindo as características de coercitividade, exterioridade e generalidade. Dentro deste contexto, é possível afirmar que o Brasil não só sofre com uma falta de conscientização herdada culturalmente, se evidenciando com o fato do país não ter um histórico de grandes guerras tampouco catástrofes naturais, como também passa por uma deficiência estrutural, posto que em muitos estados brasileiros não há agências transfusionais. Em território nacional, apenas 1,8% da população doa sangue e apenas 59,52% destes são voluntários, sendo o recomendado pela ONU de 3 a 5% e 100%, respectivamente. Este número relativamente baixo pode ser justificado pela falta de compreensão, de que uma bolsa sanguínea pode salvar até quatro vidas, visto que o incentivo à doação não é presente em escolas e na mídia, ademais há mitos em relação a mesma, tais como “doar engrossa o sangue”; “é possível contrair uma doença após a concessão” e afins. Deve-se abordar, ainda, que muito estado nacional, principalmente no Nordeste, não existe filial de hemocentros dentro dos centros médicos, que tem a função de comunicação com outros hemocentros e hospitais, permitindo o alcance de transportamento de bolsas sanguíneas. De acordo com fundações entrevistadas pela BBC Brasil, isto ocorre devido à falta de recursos para o investimento de agências transfusionais na maioria dos hospitais brasileiros. Fica claro, dessa forma, que se faz necessário campanhas midiáticas que abranjam todo o país por parte do Ministério da Saúde, desmentindo mitos sobre a doação e reafirmando que esta contribuição é sim fundamental, além disso, é imprescindível uma parceria entre este Ministério e o da Educação, com o objetivo de incentivar a conscientização desta problemática no contexto escolar.