Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 26/08/2017

Os brasileiros doadores de sangue representam 1,8% da população, um percentual abaixo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 3%. Tendo isso em vista, é importante salientar que a doação de sangue atual não é irrisória, mas poderia aumentar de forma a prevenir contratempos. Desta forma, entre as causas que desfavorecem a doação, encontra-se a falta de conscientização e financiamento, propagação de mitos e restrições. Primeiramente, a prática de doar sangue carece de atenção nas escolas. Esse desfalque na conscientização desde a infância, de acordo com o presidente do Homope, Yêda Albuquerque, dificulta a criação de doadores responsáveis que doem de forma constante e voluntária. Desta forma, como consequência do perfil atual, 40% dos doadores são de reposição, isto é, doam quando familiares necessitam. Outro fator corresponde à falta de financiamento para o funcionamento de agências transfusionais em hospitais de algumas regiões, como no Nordeste. Sem essa seção, há o aumento do desperdício de sangue por má gestão. Além disso, também carece de investimento em unidades móveis para a coleta de sangue, cujo funcionamento evitaria problemas de locomoção dos pacientes até hospitais e postos de saúde. Outrossim, há mitos sobre a extração de sangue, como o risco de contração de doenças e alteração no metabolismo físico. Essas superstições persistem até hoje, apesar dos cuidados higiênicos, como o uso individual de seringas. Todavia, há a proibição polêmica da Anvisa sobre a doação de homens que tiveram relações sexuais com outros homens em um período menor de 12 meses. Essa regra se baseia na porcentagem elevada de contração de HIV entre esse grupo. Em contrapartida, na América Latina, México, Chile e Uruguai já permitem a doação. Como supracitado, é fundamental que as escolas conscientizem as crianças e adolescentes sobre a importância da doação de sangue e desmistifiquem os mitos. Enquanto que às ONGs e ao governo incumbe a conscientização da população por meio de palestras, orientando sobre os postos de coleta e os direitos presentes na legislação para os doadores. E, por fim, a Anvisa poderia conceder a prática de doação a homossexuais que possuem parceiro fixo.