Pela Constituição de 1988 a remuneração de doadores de sangue se tornou uma prática proibida, o que acarretou com o descaso da sociedade na doação de sangue e segundo o escritor Franz Kafka, a solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana. Nesta perspectiva, pode-se afirmar que o Brasil ainda apresenta obstáculos em relação à doação de sangue. Primeiramente, o Brasil não se prepara para captar o doador desde bebê, diferentemente de países desenvolvidos como o Japão ou os Estados Unidos. Segundo o Ministério da Saúde são coletadas 1.8% de bolsas de sangue no Brasil. No entanto, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera ideal uma taxa de 3% a 5% de coletas por ano, caso do Japão e dos Estados Unidos. Segundamente, a deficiência estrutural apresentada pelo Brasil é absurda. Não pode-se elevar o número o número de doações de sangue sem elevar a "eficiência do produto". Ainda há ocorrências de descartes de bolsas de sangue por falta de agências transfucionais , no qual estas funcionariam como uma comunicação entre o hemocentro e o hospital, deste modo também haveria um maior controle de qualidade do sangue. Por conseguinte, esses obstáculos devem ser superados. Sendo assim, a mídia e as escolas tem papel imprescindível na exposição de dados e na conscientização sobre a importância das doações. Logo, os cidadãos seriam incentivados desde bebês a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo juntamente com o Ministério da Saúde deveriam realizar reformas e construções de mais agências transfucionais. Dessa forma, além de elevar o número de doações a "eficiência do produto" também seria elevada.