Nos anos 80, o Brasil remunerava os doadores de sangue. Contudo, na constituição de 1988, essa prática se tornou proibida. Com isso, houve uma queda nas doações. Ademais, o número de doadores para reposições de emergência para amigos e familiares é significantemente maior que os doadores voluntários. Isso ocorre por conta da falta de conscientização da sociedade brasileira acerca da importância desse ato e pelos mitos enraizados no pensamento social. A priori, vale destacar que as doações voluntárias, isto é, doações espontâneas em que não há uma preocupação direta sobre quem irá receber o sangue é pouco incentivada. Logo, acabam por se tornar raras no contexto Brasileiro, apesar de, recentemente, essa situação ter sido explorada na temporada "Viva a diferença" da novela "Malhação". Nessa parte da trama, o namorado de uma das protagonistas se torna um doador voluntário e, por coincidência, seu sangue é direcionado para a mãe dela. Não obstante, essa é uma discussão pouco difundida pelos brasileiros. Pouco se vê nas escolas e mídias debates a respeito desse tema, e existem grandes mitos acerca das doações. Um deles seria a ideia de que há a possibilidade de contrair doenças durante os procedimentos, além de algumas pessoas acreditarem que após fazer uma doação, cria-se a obrigatoriedade de doar para sempre. Em suma, para que se diminuam gradativamente os empecilhos da doação de sangue no Brasil, é necessário que a secretaria de educação de cada município em parceria com as mídias populares do país, criem uma campanha de incentivo e conscientização ao povo brasileiro relativamente a esse assunto. Dessa forma, quebrando os mitos socialmente enraizados e mostrando a importância desse ato, para que haja o crescimento dos números de doadores voluntários no país, sem que careça de uma remuneração, como aconteceu a anos atrás.