Título da redação:

Obstáculos de uma sociedade que deveria ser mais doadora

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 12/05/2018

A doação de sangue é classificada em três tipos, sendo elas a voluntária, que ocorre quando o doador não espera nada como recompensa; a de reposição, quando a contribuição é gerada no nome de algum paciente; e a remunerada, que não ocorre em países como o Brasil, onde há, segundo o portal de notícias Agência Brasil, em uma matéria publicada em junho do ano passado, cerca de 27 hemocentros e 500 serviços de coleta. Apesar da quantidade moderada de bancos de sangue no país, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que o número de doadores da população brasileira é baixa, pois um índice que deveria ser de, no mínimo 3%, é registrada com apenas 1,8%. Entretanto, para a média esperada do Ministério da Saúde (de pelo menos 1%), a colaboração dos cidadãos é considerada alta. Para especialistas, essa pouca contribuição do Brasil ocorre devido a baixa conscientização sobre a doação de sangue, pois o ato é raramente incentivado nas escolas e no meio familiar. Outro fator que colabora para o baixo índice de doadores são os diversos mitos criados em relação a prática, como ao acreditar que esta afina ou engrossa o sangue do doador, que lhe causa anemia ou uma perda grande de peso, além do risco de ter doenças e infecções. Ao tomar consciência sobre a situação brasileira em relação a doação de sangue, é necessário que medidas sejam tomadas, buscando o aumento da estatística de doadores no país e a evolução do pensamento sobre essa prática. Para isso, a construção de hemocentros e serviços de coleta em mais locais do país, como cidades do interior e centros mais próximos das localidades rurais é necessária, através de verbas e doações do Ministério da Saúde e do controle do poder Executivo, para que mais pessoas se interessem pelo ato solidário e ajudem a crescer o número de doadores, que também pode ocorrer com a criação de políticas públicas, tanto nas escolas como nos veículos midiáticos, através de palestras para pais e professores, discussões em sala de aula entre os alunos e seus docentes e propagandas que incentivem e promovam a conscientização do ato, para que se possa ter uma sociedade mais empática e preocupada com a saúde de seu país.