O avanço da medicina tornou possível transfusões sanguíneas e, assim, aumentou as chances de vida de milhares de pessoas ao redor do mundo. No entanto, o Brasil possui número baixo doações, apenas 1,8%, longe do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, OMS, que varia entre 3 a 5%. Portanto, entender os motivos para essa baixa é importante para reverter a situação. É preciso pontuar, primeiramente, que o assunto em questão não é trabalhado com eficiência na sociedade brasileira. As campanhas e propagandas não geram o impacto desejado, pois periodicamente são lembradas e caem rapidamente no esquecimento. Outro empecilho é a lei brasileira que impede homens que mantêm relações sexuais com o mesmo sexo de doarem, com a justificativa de que eles são mais suscetíveis a DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis). Esta lei se torna, desse modo, preconceituosa e excludente, visto que deve-se levar em consideração a saúde do doador e não sua vida sexual. Outro ponto a se considerar é o fato de haver um número muito grande, cerca de 40%, de doadores de reposição, aqueles que doam por razões pessoais, seja para algum amigo, família ou conhecido. Ou seja, percebe-se que falta empatia entre os brasileiro, pois muitos doam pensando apenas naqueles em que se tem alguma afinidade e que não há o reconhecimento da real importância da doação. Dessa forma, vê-se que vários são os obstáculos e que somente diferentes medidas vão reverter esse quadro. É necessários, em primeiro lugar, que o governo trabalhe em parceria com as escolas, a conscientização das crianças e adolescentes, para construir o doador do futuro. Outra medida é o uso pelo Governo Federal das mídias e das redes sociais em prol do alcance de novos doadores, por meio de propagandas e comerciais de grande impacto. Somente dessa maneira, criará-se no Brasil essa cultura e o pensamento para o bem do próximo será comum na sociedade.