Desde o iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando alguém se mobiliza com o problema do outro. Entretanto, esse ideal iluminista não é constatado na prática, visto que no Brasil há empecilhos para a doação de sangue, seja por falta de conscientização da conjuntura atual ou por estigmas pessoais. Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração que a maioria dos brasileiros não dão importância a doação de sangue. Uma vez que esse procedimento atende uma minoria de pessoas que são as que necessitam de transfusão como vitimas de acidentes e pacientes com doenças crônicas. De acordo com a OMS, apenas 1,6% da população brasileira doa sangue. Logo, isso é reflexo de que a sociedade acredita que por não precisar, não é necessário realizar tal ação. Sob outra perspectiva, há poucas informações sobre como funciona o processo de doação. Como resultado, os indivíduos têm receio de doar, segundo Mahatma Gandhi “a saúde é resultado não só de nossos atos como também de nossos pensamentos”. Sob essa ótica, é necessário mudar paradigmas socioculturais e mentais da sociedade. Infere-se, portanto, que existem entraves para a contribuição de sangue no país. Cabe aos veículos midiáticos consciencializar e informar, por meio de campanhas em prol da orientação e incentivo ao ato de doar, a fim de que cresça o número de doadores. Ademais, o Ministério da Saúde deve expandir os centros de coleta para que haja mais alcance as pessoas. Desse modo, o ideal iluminista será vivenciado, e assim o Brasil progredirá na doação de sangue.