Diante de todos os avanços da medicina, doar sangue tem se tornado cada vez mais rápido e prático, além de ser um ato de amor ao próximo. A quantidade de postos de coleta tem aumentado e o procedimento pode ser realizado em menos de uma hora, de forma pouco dolorida e não invasiva. Pouco se sabe da importância de ser um doador de sangue nos dias atuais, situação essa, que deveria ser diferente, diante dos avanços tecnológicos e da influência da mídia. Essas grandes ferramentas dos dias atuais não dão tanta ênfase a assuntos primordiais como dão a assuntos relevantes e corriqueiros diários. Pesquisas apontam que existe um número muito alto de procura pelos postos de coleta de portadores de doenças transmissíveis, visto que os testes rápidos, realizados no momento da doação, dão diagnósticos que só seriam capazes de serem detectados com realizações de hemogramas completos e apresentados a clínicos gerais. Com o diagnóstico em mãos e o sigilo dos hemonúcleos, esses pacientes só entram na estatísticas, mas não são doadores efetivos. Muitas pessoas só se dão conta da importância de ser um doador, quando passam por uma situação de necessidade, onde suas vidas dependem das doações de outras pessoas. Essa ideologia de se colocar no lugar do próximo deveria ser praticada diariamente, não só em situações de risco. É necessária uma abordagem maior desse público, diante de campanhas que conscientizem da importância desse ato de amor. Deve ser feita desde a rede básica de saúde primária, que são os postos de saúde, em que tem um contato direto com a população, e fazem uso do sangue coletado para tratamento de doenças crônicas, até nos grandes hospitais de referência e emergência, que usam o material em cirurgias e acidentes.