Título da redação:

Doa-se sangue, doa-se empatia.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 27/08/2017

A doação de sangue é um ato social e cada uma pode salvar até quatro vidas. Contudo, apenas 1,8% da população brasileira prática essa ação. Os motivos para esse baixo resultado são a falta de interesse dos brasileiros em doar em consonância às barreiras impostas pelo Ministério da Saúde. Condições que conduzem à falta de sangue nos hemocentros e prejudicam milhares de pessoas que dependem dele. O brasileiro é uma das populações que menos doam sangue no mundo, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Esse desinteresse pode ser explicado pelo contexto histórico vivido por ele, uma vez que não houve guerras e catástrofes naturais que exigissem do povo uma solidariedade em grandes proporções, assim como na Europa com as guerras de 1914 e 1939. A falta de empatia ainda agrava-se nos grandes centros urbanos, cujo estilo de vida conturbado e capitalista dificulta as relações entre as pessoas. Esse sentimento leva às pessoas a não enxergarem a importância da doação de sangue, dificultando o abastecimento nos hemocentros. Além disso, o Ministério da Saúde dificulta o acesso da população aos bancos de sangue. A maioria dos estados brasileiros contém apenas uma unidade por região, com exceção de São Paulo e Rio Grande do Sul. Essa falta de infraestrutura, para um país de grandes extensões como o Brasil, faz com que os hemocentros apresentem uma posição critica com relação ao estoque de sangue. Dessa forma, a falta de interesse das pessoas em doar e a dificuldade delas em chegarem aos institutos levam ao baixo índice de doadores. Para aumentar os números, portanto, O Ministério da Educação deve conscientizar os jovens, desde a educação básica, da importância em colaborar com a doação de sangue. Para isso, podem-se criar palestras, debates e apresentações de alunos sobre o tema. Estes ainda podem levar o conhecimento adquirido para a família e amigos, aumentando o conhecimento de toda a população. Ainda, O Ministério da Saúde deve diminuir a distância dos hemocentros aos indivíduos. Para isso, ele pode criar unidades móveis que percorrem as cidades, cuja falta de sangue seja mais evidente, realizando a coleta e até mesmo levar informações por meio de palestras e cartilhas distribuídas para a comunidade. Somente com a ação conjunta entre governo e os cidadãos, os estoques de sangue poderão aumentar.