Título da redação:

Desinformação e ignorância: procura-se hemoglobina

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 28/08/2017

O Brasil, apesar de ser o quinto país mais populoso do mundo, carece de doadores de sangue. Segundo a OMS, dos duzentos milhões de brasileiros, somente 3,5 milhões (1,8%) realizam transfusões de sangue anualmente, sendo que a meta seria de 6 milhões (3%). Esse fenômeno é motivado por diversas questões, mas podem-se citar duas em específico: muitas pessoas são individualistas e não pensam no necessitado e ainda há uma significativa falta de informação sobre o assunto. Um dos motivos a ser comentado é a falta de empatia no que se refere à doação de sangue. Segundo dados da ONU, somente 60% das doações de sangue no Brasil são feitas por livre e espontânea vontade, enquanto os outros 40% só doam quando algum parente necessita de transfusão. Isso mostra que o individualismo ainda tem forte presença na mentalidade brasileira, portanto necessita-se uma mudança. Outra questão a ser debatida é a desinformação acerca do tema. Grande parte da população ainda não tem acesso a informações básicas, como lugares que coletam sangue, qual o procedimento adotado em uma transfusão e quem pode ser doador. Isso impede com que pessoas bem intencionadas sejam possíveis doadoras e ajudem a salvar vidas. Portanto, vale afirmar que o Brasil, enquanto país emergente, precisa atingir a meta estabelecida pela OMS. Para isso, uma parceria do Governo Federal com a iniciativa privada pode promover comerciais televisivos incentivando as pessoas a doarem sangue com mais frequência, explicando a importância do ato e promovendo a solidariedade. Além disso, a família enquanto instituição pode promover o debate em domicílio, incentivando os parentes a doarem sangue para pessoas que não sejam familiares. Por final, ONG's podem participar da distribuição de panfletos detalhando as informações essenciais envolvendo a doação e distribuí-los aos menos informados.