No Brasil, a parcela da população que doa sangue ainda é muito pequena. Esse problema se deve à falta de informação da população, aliada ao baixo número e à má distribuição dos hemocentros e pontos de coleta. Diante desse quadro, investimentos públicos em campanhas de incentivo à doação e na construção de mais hemocentros e pontos de coleta são medidas necessárias. Primeiramente, é preciso analisar o desconhecimento de parte da população acerca de necessidade de doar sangue. Muitas pessoas desconhecem totalmente o processo e os requisitos para ser um doador. Tal desconhecimento gera medo, indiferença e concepções erradas por parte dessas pessoas que, consequentemente, só entram em contato com essa causa no momento em que algum ente querido necessita de uma doação. Um segundo aspecto a ser levado em conta é o baixo número e a má distribuição dos hemocentros e pontos de coleta. Em cidades periféricas, a ausência de infra-estrutura é um empecilho adicional ao processo de doação, pois leva à necessidade de deslocamento por parte dos doadores. Tal empecilho pode chegar a impossibilitar a doação de uma pessoa bem intencionada. Diante de tal diagnóstico, investimentos públicos em saúde são necessários. A União, os estados e os municípios, por meio do ministério e das secretarias de saúde, devem organizar campanhas publicitárias que conscientizem a população acerca da necessidade de doar sangue e esclareçam os diversos aspectos do processo, como os requisitos para se tornar um doador, por exemplo. Mutirões sazonais de realização de coleta podem ser implementados em datas de alta demanda de doações, como é o caso do carnaval. Adicionalmente, a construção de mais hemocentros e pontos de coleta, bem como a melhor distribuição desses pontos nos estados, são medidas desejáveis. A partir de tais investimentos, o número de doadores poderá crescer e se adequar ao tamanho da população brasileira.