A doação de sangue passa por dificuldades no Brasil. Apesar de haver certa estabilidade no número da demanda e da procura por essas doações, a mentalidade do brasileiro quanto a isso é pequena, fazendo com que a falta de conhecimento influencie negativamente quem depende desse ato para viver. Doar é o ato de ajudar pessoas que, de alguma forma, precisam dessa voluntariedade, sejam roupas, dinheiro ou até mesmo sangue. Com isso, conhecemos a importância da doação, que leva solidariedade a quem precisa. Desse modo, a doação de sangue é um meio de devolver a saúde de doentes crônicos e em casos de acidentes, como pessoas que sofrem com anemia falciforme (deformidade no formato das hemáceas do sangue que adquirem formato de foice, comprometendo o funcionamento correto dos órgãos e o transporte de gases da respiração) e em cirurgias emergenciais e de transplante. Não obstante, ainda há pouca conscientização da população sobre a doação de sangue e muitas limitações que levam, erroneamente, as pessoas a decidirem não doar, como os mitos que envolvem esse tema e que pouco são esclarecidos na sociedade. Partindo da premissa que há regras para a doação de sangue, muitas delas são mal interpretadas pelos brasileiros. Isso acontece com a não existência de risco de contaminação na hora da doação, na qual os materiais são esterilizados ou descartados após o uso. Também, é feita uma triagem rigorosa no doador, inicialmente descartando pessoas com peso abaixo de cinquenta quilogramas e com pressão arterial inadequada. Após passar por esse critério, são feitos exames para análise de doenças, como a hepatite B e C, a AIDS e a doença de Chagas. Somente após essas etapas é que será feito o processo de doação. Além disso, quem nunca teve necessidade de uma doação ou que nenhum familiar precisou, não tem consciência de efetuar uma doação, acontecendo, muitas vezes, somente se essa necessidade atingir alguém próximo ou a si mesmo. Por isso, é crucial que haja educação dos brasileiros quanto à doação de sangue, que pode salvar muitas vidas. A doação de sangue é um exercício de cidadania e de amor ao próximo. Contudo, é preciso que haja mais incentivo e desmistificação de teorias erradas criadas pela sociedade que impedem que muitas vidas sejam salvas. Portanto, através do incentivo do Governo Federal, em parceria com a iniciativa privada, é possível que a educação formal seja executada nas escolas, por meio da inclusão do assunto na grade curricular, assim como nos principais meios de comunicação, como a televisão, o rádio e a internet, e que haja construção e manutenção de vários hemocentros no Brasil. Por meio disso, as crianças irão crescer com conhecimento correto sobre a doação e será incentivada a se preocupar com a vida alheia. Também, irá destruir os mitos que cercam a doação de sangue, permitindo que os bancos de sangue nunca sofram com a escassez, prosperando, assim, na vida e na saúde de todos.