A doação de sangue é um ato de solidariedade que não recebe toda a atenção necessária. Em nosso país, estima-se que 1,8% da população são doadores, na faixa etária de 16 a 69 anos. É uma porcentagem considerada boa, mas que pode ser melhorada. Apesar disso, a maior parte destes doadores realizam apenas o ato de reposição, ou seja, doam sangue em situações de emergência onde parentes ou pessoas próximas necessitam da transfusão. Tal comportamento deixa bem claro a falta de consciência do papel social e solidário no qual a doação de sangue é colocada. Quando o ato é voluntário , situação na qual não se têm em primeiro plano a pessoa que receberá o material coletado, o controle de qualidade é feito de maneira mais eficaz, além de poder salvar vidas. Outro fator que também dificulta o aumento deste número são os mitos acerca da doação. Muitas pessoas ainda sentem certo receio em se tornarem doadoras ; talvez por medo de contraírem doenças durante o ato, ou por precisarem fazer dela uma rotina. Em apenas uma única vez, já é possível a realização de até quatro transfusões, o que se torna uma ajuda muito bem vinda quando considera-se a quantidade de pessoas que precisam e esperam por ela. Tendo em mente estes dois fatores e muitos outros, como a falta de informação precisa, é necessário acabar com alguns estigmas. Debates em sala de aula sobre o assunto, são um meio de formar em possíveis futuros doadores, a ideia da importância de doar. Também é interessante a realização de mais campanhas e a publicação de artigos que visem mostrar à população todas as vantagens que este pequeno ato de solidariedade trás para os doadores, os pacientes e a família destes.