A saídas temporárias dos detentos tem como objetivo resocializar-los. Porém, com o fim desse direito, acentuar-se-á problemas já presentes na sociedade brasileira. Os saidões tem como objetivo auxiliar os condenados no convívio social, porém, com o Projeto de Lei do Senado 31/2018 que extingue esse direito, os presos terão menos oportunidades quando deixarem a prisão, visto que a sociedade muda ao longo do tempo e sem atualizações prévias durante o período prisional do condenado esse quadro tende a se agravar. Por outro lado, segundo Ciro Nogueira, o benefício dos saidões não atinge seu objetivo, já que esses indivíduos saem para cometer crimes. Porém, pouco adianta extinguir as saidas temporárias dos presos, visto que, após o cumprimento da pena, cometerão os crimes que não cometeram nos saidões. Prova disso são os dados levantados pelo Gazeta do Povo, que, em matéria, diz que 42% dos ex-penitenciários voltam a praticar crimes. Nesse sentido, compreende-se que essa problemática não se limita às saídas provisórias, de maneira que não há, no sistema prisional brasileiro, a devida retratação dos detentos. Dessa forma, faz-se necessário que o Governo exergue como solução desse entrave não a revogação do direito do penitenciário, mas sim o investimento pesado no sistema carcerário por meio de programas viabilizem a recuperação deles através da educação e cursos praparatórios, a fim de que o objetivo de resocialização seja atingido.