O induto consiste na saída programada de um detento, para que ele possa usufruir por algum tempo pré-estipulado a sociedade fora da cela. Entretanto, a falta de seletividade e o aumento de casos de presos que não voltam a penitenciaria após o fim do tempo de induto provocaram a revogação do benefício. Nesse contexto, torna-se notório a necessidade reformulação do privilégio, afim de que possa voltar a acontecer e o prisioneiro possa obter a ressocialização de maneira natural. Em primeiro plano, a precária situação carcerária torna o detento mais propenso a voltar ao crime após o cumprimento da pena. Segundo o filósofo Foucault, os prisioneiros são excluídos e estereotipados pela sociedade que acredita que uma ressocialização seja impossível. Desse modo, o induto teria que ser tratado como um incentivo aos presos, como uma forma de retomada a sociedade mais rápida concedida por um bom comportamento na prisão. Vale ressaltar também, que a saída temporária precisa de reformulações urgentes para a sua retomada. De acordo com o Jornal Gazeta, 15 por cento dos presos não voltam de seu induto. Em vista disso, a falta de fiscalização e seletividade corrompe um processo cujo objetivo é ajudar a retornar detentos a sociedade. Dessa forma, certamente o a saída de prisioneiros em datas comemorativas no Brasil por consequência da falta de fiscalização e critério pioram a sociedade, visto que a tornam mais perigosa. Nesse sentido, fica evidente que é necessário a reformulação do direito ao induto para que ressocialização seja facilitada. Em vista disso, é importante um trabalho penitenciário visando uma maior seletividade para os detentos que buscam o benefício, com ajuda de terapeutas para analisar a sanidade mental da pessoa, com intuito de identificar possíveis riscos de fuga. Soma-se a isso, uma fiscalização maior dos prisioneiros fora das cadeias, para que isso ocorra deverá ocorrer uma melhora tecnológica em tornozeleiras eletrônicas, em busca que a sua violação seja mais difícil e também passível de aumento de pena. Somente assim, o privilégio seria bem utilizado em nossa sociedade.