Fabiano, personagem principal do romance “Vidas Secas” de Graciliano Ramos, durante a história é preso por desacato e na cadeia pensa em sua família e em como está conduzindo sua vida. Assim como ele, os presos brasileiros acabam muitas vezes isolados e distantes da civilização por alguns períodos de tempo e acabam utilizando das saídas temporárias realizadas nos feriados para reencontrar a família, amigos e a vida em sociedade. Entretanto, essa reintegração rápida tem gerado debate a respeito da sua permanência ou não na nação brasileira. Os altos índices de criminalidade que ocorrem durante essas épocas têm contestado se os condenados devem ou não possuir tal direito. Contudo os efeitos que a extinção pode causar piorariam muito as situações dos presídios; aumentando inicialmente os casos de violência interna, baseando-se no fato de que o bom comportamento é um pré-requisito e a abdicação desse benefício desestimularia tal atitude. Ademais, pode-se haver uma elevação em doenças psicológicas como a depressão, visto que o isolamento do detento em relação a seus parentes e pessoas próximas que não podem comparecer constantemente as prisões podem acarretar em sentimentos de solidão para aqueles que devem cumprir longas penas presidiais muitas vezes perdendo o incentivo a vida. Portanto, providências devem ser tomadas para resolver o impasse. Primeiramente uma reforma realizada pelo Ministério da Justiça em parceria com a polícia civil deve ser realizada nas cadeias; redistribuindo melhor as quantidades de presos e fornecendo acompanhamento psicológico periódico para aqueles que desejam gozar do benefício da saída temporária, para identificar aqueles que possivelmente podem ou não voltar a cometer delitos nesse curto tempo. Aliado a isso aqueles que utilizarem do privilégio devem realizar diariamente visitas as delegacias afim de informar brevemente suas atividades na sociedade fornecendo maior controle e retirando essa vantagem daqueles que não cumprirem as exigências, para que se consiga assim controlar e permitir que os encarcerados possam continuar visitando a civilização enquanto são preparados ao reingresso.