Muito se têm discutido a respeito da atual conjuntura carcerária brasileira e os desafios a serem combatidos. Em primeiro lugar mostra-se a necessidade a indagarmos a função inaugural dos presídios de reeducar e reinserir os indivíduos a sociedade. Entretanto, é incontrovertível que a falta de empatia pelo corpo social a esse bando origina notavelmente o etnocentrismo social do século XXI. Pode-se mencionar, por exemplo, a lei n° 7.210 que dispõe o direito a saídas temporárias a detentos em regime semiaberto, a fim de agregá-los novamente ao âmbito social e familiar. Nesse sentido, não se pode deixar de lembrar a excepcional represália coletiva decorrente do desencarceramento provisório de Suzane Von Richthofen culpabilizada pelo homicídio de seus pais a cerca de 16 anos atrás. Nessa perspectiva é eventualmente inquestionável que o dever das penitenciárias assemelha-se progressivamente ao dos campos de concentração do holocausto. Nesse ínterim, o senador Ciro Nogueira autor do projeto de lei que visa extinguir as saídas transitórias de presidiários, argumenta que a supracitada lei não atinge seu objetivo societário, mas sim seu oposto, possibilitando ao sentenciado oportunidades de voltar a cometer graves crimes arrancando assim a credibilidade judicial e a acentuação da sensação de impunidade. Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a concluir que a finalidade de reconstruir o sujeito falho das instituições prisionais é erroneamente realizada. Portanto como disse o filósofo Epicteto "Só a educação liberta", logo, o investimento do governo federal em educação e cultura dentro e fora das unidades carcerárias, com a finalidade de incitar a capacitação profissional e social do detido é de extrema importância. Além disso, o investimento em programas de apoio a ex-presidiários por parte de ONG´S em conjunto com o governo federal para que haja oportunidades de emprego é de extensa importância