A ressocialização do presidiário brasileiro entrou em discussão no novo Projeto de Lei do Senado, que visa a extinção das saídas temporárias deles. De fato, o efeito negativo dessa extinção não se compara com os efeitos em que as "saídas" provocam na realidade brasileira no âmbito da criminalidade. O retorno ao crime de diversos caracteres como assaltos, assassinatos, estupros são mais recorrentes do que presos em processo de ressocialização. Durante as datas festivas, alguns presidiários têm oportunidade de visitar a família. No entanto, a realidade brasileira mostra o contrário. Comumente, a mídia informa sobre o aumento da criminalidade nessas datas e isso não é mera coincidência. Todavia, o fim das saídas temporárias podem refletir de forma positiva para a sociedade com a redução de crimes mas pode, também, ter reflexo negativo para o encarcerado. Este, por mais que esteja pagando judicialmente pelo crime que cometeu não deve ser isento de socialização. Logo, as visitas devem ser mantidas. É, portanto, plausível ponderar que extinguir as saídas temporárias dos presos no Brasil, conforme está previsto no Projeto de Lei do Senado, não necessariamente levará ao fim da ressocialização. Para que esta se mantenha, é necessária a permanência da autorização das visitas familiares e a substituição das saídas por projetos sociais direcionados ao trabalho e artesanato para os presidiários já que o trabalho dignifica o homem.