Título da redação:

O detento em meio ao corpo social

Tema de redação: Os efeitos do fim das saídas temporárias de presos brasileiros

Redação enviada em 09/06/2018

O sistema carcerário brasileiro apresenta diversos desafios no século atual. Entre um deles, posto em questão, está o fim da saída temporária concedida a presos que se encontram em regime semiaberto, que apresenta prós e contras. Contudo, há dois efeitos a serem considerados: a dificuldade de ressocialização dos presos e a diminuição da criminalidade. Em primeira análise, cabe pontuar que a ressocialização é um passo importante na vida de um preso. Se a ressocialização for bem sucedida, desencadeará a transformação de um presidiário em um cidadão de bem em meio ao corpo social. No entanto, o fim das saídas temporárias, uma das formas de promover a readaptação do preso em sociedade, posta em questão no Senado, limitará o processo para qual elas foram desenvolvidas: auxiliar o preso no retorno as relações em sociedade. Portanto, o governo, com fim das saídas temporárias, deve promover estratégias que visem a realocação do detento em sociedade. Ademais, convém frisar que nem sempre a ressocialização de presos é bem sucedida. Muitos dos detentos, quando soltos em meio ao corpo social, acabam praticando e retornando ao mundo do crime, gerando prejuízos a sociedade que apela pela justiça e paz. Dessa forma, como já dizia o escritor Oscar Wilde que a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou de uma nação, percebe-se a necessidade da manifestação da população brasileira para que mudanças no sistema carcerário brasileiro e quanto as saídas temporárias de presidiários sejam praticadas, trazendo segurança e equilíbrio ao corpo social. Logo, algumas mudanças se fazem necessárias. Cabe ao governo federal juntamente com o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho desenvolverem projetos dentro das prisões, como ensino, atividades e trabalho com o objetivo de iniciar processos de ressocialização. Ademais, cabe ao governo federal viabilizar verbas aos governos estaduais e municipais que visem o investimento em segurança pública, como em Polícia Civil e Militar, com o objetivo de combater a criminalidade. As mudanças acontecem aos poucos, todavia é preciso um início.