No limiar do século xxi, observa-se através das mídias sociais e televisivas que o Brasil tem passado por profundas transformações em diversas áreas, na social,na politica,na econômica,e em especial as transformações relacionadas aos efeitos do fim das saídas temporárias de presos brasileiros. São fatores que contribuem para essa problemática a qualidade dos recintos prisionais em que os presos são alojados, bem como a marginalidade permanente dos indivíduos que se mantem afastados da sociedade. Como primeira constatação, nota-se que preocupações associadas aos efeitos do fim das saídas temporárias não apenas existem como vem crescendo a cada dia. Por conta disso, é preciso buscar as causas dessa questão, entre as quais emerge como a mais recorrente a qualidade dos recintos prisionais em que os presos são alojados. A intenção de os manterem reclusos é exclusivamente para faze-los repensarem e refletirem nos crimes que cometeram, e deixarem de serem reincidentes e transgressores das leis novamente. Mas o que ocorre é justamente o inverso por conta da indecência que se vive nos estabelecimentos prisionais. Os apenados revezam a noite para dormirem devido a superlotaçao das celas. É inconcebível a idéia de passar a noite com 50 pessoas em um curto espaço de 15 m². Outro ponto que merece atenção está relacionado às consequências geradas por esse contexto. Como efeito negativo dessa problemática está a marginalização permanente dos indivíduos que adentram nas prisões do Brasil. Eles se sentem revoltados com a situação de superlotação das celas, e nas condições sub-humanas que são obrigados a conviver. Enquanto metade dos apenados dormem, a outra metade fica de pé pois as celas não são condicionadas para abrigarem 50 pessoas. O efeito agravante gera um circulo vicioso no qual a situação inicial gera consequências que conduzem novamente ao estado inicial, não havendo alterações e desenvolvimentos. Ou seja, comete-se crimes, os criminosos são presos, são conduzidos para centros de detenção provisória, convivem em condições sub-humanas, revoltam-se com a situação em que vivem, e quando são postos em liberdade já não sentem que fazem parte da sociedade,e portanto decidem continuar na vida do crime. Diante de todo o exposto, cabe ao Estado prover de forma digna condições humanas e decentes de alojamento dos apenados para que facilite a reinserção deles na sociedade.