OBSERVAÇÃO: Procurei o tema e não achei, aí resolvi mandar por aqui, pois acho que esse é um possível tema do ENEM Comando: " Caminhos para combater o bullying nas escolas brasileiras" Obras como "O Ateneu" de Raul Pompeia atestam a tese de que o bullying não constitui um fenômeno recente. O que há de novo diz respeito à compreensão que se tem acerca desse tipo de ocorrência. Nesse sentido, reveste-se de fundamental importância conhecer suas especificidades para enfrentá-lo eficazmente. Isso passa, sobretudo, por ações dos educadores devido ao papel multiplicador de que dispõem. Ademais, torna-se imperativo a participação da instituição familiar nesse processo em virtude de seu caráter formador. A princípio, o bullying configura-se como uma série de ações repletas de agressividade, intencionalidade e repetitividade, sendo causadas por motivos de uma relação desigual de convivência nos diversos âmbitos. Partindo desse pressuposto, tal atitude pode desencadear traumas na vítima que, segundo a psicanálise de Sigmund Freud, são responsáveis por introduzir marcas indeléveis no aparelho psíquico do indivíduo capazes de alterar a relação grega entre "mente sã, corpo são". Sendo assim, o cenário escolar surge como principal local de ocorrência desses atos, como exposto por José Lins do Rego na obra "Doidinho", em que o personagem Carlos de Melo recebe a alcunha de doidinho por parte dos colegas logo após chegar à escola. Desse modo, educadores têm a função de promover situações em que o aluno possa expressar seus sentimentos e, assim, possibilitando um reconhecimento do problema. Além disso, vale ressaltar a importância da instituição familiar como reguladora da formação de uma pessoa. Sob essa conjuntura, uma criança que cresce em um meio em que os seus integrantes apresentam uma conduta hostil e agressiva, tende a copiar esse comportamento, uma vez que, segundo Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e pensar dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade, sendo responsável por influenciar o comportamento de um indivíduo. Dessarte, a escola é uma importante integradora social, pois cabe a ela disseminar a cultura de paz nas famílias, para que essas se vejam como formadoras da identidade. É fundamental, portanto, que a escola realize um trabalho educacional baseado no tema transversal Ética a fim de que se consiga uma problematização acerca do tema que leve a uma desconstrução da formação discursiva que permeia a prática do bullying, posto que, como disserta Paulo Freire em seu livro "Pedagogia do Oprimido", a escola possui a função de promover a convivência, possibilitando ao educando compreender-se como um ser social. Soma-se a isso, a instituição escolar deve executar a inserção de inspetores no seu âmbito, por meio dos pares escolares, para que haja o conhecimento do fenômeno em análise logo na sua origem, facilitando o seu combate e, desse modo, resultando em relações passíveis entre os educandos.