Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 30/07/2017

Na obra literária “ Morte e vida severina”, escrita na metade do século passado, o personagem principal retira-se da miséria do sertão fugindo da seca e, ao chegar na cidade, percebe que sua sina era viver em condições precárias, já que a mudança de espaço não alterou os rumos de sua vida. Fora do livro, no entanto, a realidade brasileira parece imitar a arte. Porque, seguimos enfrentando diversas crises hídricas que afetam majoritariamente as camadas sociais mais pobres de todos os cantos do país: dos sertões às cidades. Apesar da sede de Severino ser gerada pela falta de água, a sede dos brasileiros é por uma melhor gestão dos nossos recursos hídricos. Afinal, a Sabesp, companhia de gerenciamento de recursos hídricos, afirma que cerca de 40% da água retirada das reservas é desperdiçada durante seu transporte até o meio urbano. Assim, se diminuíssemos esse índice de desperdício, não necessitaríamos extrair tanta água de nossas reservas. Logo, as faltas de chuva e secas anuais não seriam capazes de gerar grandes danos, visto que haveria maior quantidade de água armazenada para suprir-nos. Dessa forma, o dado, fornecido pelo site “o economista”, de que mais de ⅘ da energia produzida no Brasil provém de recursos hídricos denota que a falta de água não é um grande problema, mas que a sua desigual distribuição é. Devido a essa enorme dependência energética , o país, quando financia uma má repartição dos recursos, coloca em situação vulnerável aqueles que tem como limitado o seu acesso à água. Ademais, a Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou o direito à água como um bem fundamental. Sendo assim, negá-lo às populações de baixa renda é denegrir os seus direitos humanitários. Torna-se claro, pois, que as recorrentes crises hídricas que se passam no Brasil não devem-se somente às questões climáticas, mas principalmente a desigual distribuição de recursos hídricos. Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O parlamento deve instituir uma emenda constitucional que reduza os impostos pagos pelas empresas de tratamento e transporte de água que desperdicem no máximo 7% de água durante o seu manuseio. Assim como, é necessário que o governo federal invista em novos meios de produção energética renovável, como a energia eólica, por exemplo. Deste modo, construiremos um país menos dependente de recursos hídricos e capaz de distribuí-los de forma mais igualitária para toda sua população.