"Toda ação gera uma reação". A frase do físico inglês Isaac Newton deixa nítida a relação dos efeitos negativos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro. Nesse contexto, é preciso refletir sobre dois aspectos relevantes, como os fomentadores e as consequências desse impasse que pode ser evitado. Em primeira análise, cabe pontuar que, de acordo com o Ministério de Minas e Energia(MME), mais de 80% da eletricidade gerada no país é proveniente de reservatórios e hidrelétricas. No entanto, em períodos de estiagem, os níveis de abastecimento das usinas diminuem drasticamente - 18% no Sul, Sudeste e Centro-Oeste -, sendo causa da crise hídrica. Além disso, o consumo irracional de água, por parte da população, acelera o processo negativo no setor energético. Talvez a frase do sociólogo polonês Zygmunt Bauman," Consumo, logo existo", pode explicar a maneira como as pessoas utilizam essa substância de forma exacerbada hodiernamente. Ademais, convém frisar que os impactos dessa má gestão já foram sentidos pela sociedade. Uma prova disso está em um apagão que atingiu 10 estados brasileiros e o Distrito Federal, o qual foi um desligamento de emergência que abastecia essa parte do Brasil. Diante disso, percebe-se que existem falhas no setor energético brasileiro e o pouco investimento, em outras energias alternativas, compromete a geração de energia elétrica para as residências dos cidadãos que precisam dessa eletricidade para assistirem televisão e estudarem nos computadores por exemplo. Em vista dos argumentos apresentados, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Governo Federal, junto com o MME, invista em outras energias renováveis alternativas como a eólica e solar, que independem de condições climáticas cíclicas, por meio da verba pública arrecadada todo mês, para que o acesso de alternativas, em caso de apagões, seja mais amplo e, consequentemente, serão mais evitados. Outrossim, as ONGs devem promover campanhas de conscientização, por intermédio de palestras públicas, com o objetivo de explicar para a população acerca do uso inadequado de água e suas consequências para o setor energético promovido pelas hidrelétricas, porque para o filósofo alemão Imannuel Kant, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Logo, poder-se-á afirmar que a pátria educadora oferece mecanismos exitosos para erradicar a reação da má gestão hídrica no setor energético.