O Brasil é o país que mais possui recursos hídricos em todo o globo. Paradoxalmente também é assolado por graves crises hídricas, tanto em primeira instância (escassez de água potável), quanto em segunda (na forma de abastecimento hidroelétrico). É evidente que não é a falta de recursos que ocasionam crises, mas sim a má alocação dos mesmos. O fator água no Brasil é essencial à vida em mais de um aspecto, além de ser fundamental a manutenção dos seres vivos, também é a principal fonte geratriz de energia elétrica. De todo seu potencial energético, a maior fatia é gerado por usinas hidrelétricas. Dentre as 5 maiores usinas hidrelétricas do mundo 3 são brasileiras, o que demonstra o quão é presente esta matriz energética no país. Embora tenhamos grande potencial eólico e solar, estes ainda não são propriamente explorados, devido tanto ao comodismo quanto a falta de investimentos tecnológicos. Não obstante, não é a falta de recursos hídricos que provoca a falta dos mesmos no Brasil, é a má administração e a incapacidade dos meios responsáveis que tornam a escassez de água no país com maior potencial hídrico do mundo, não um paradoxo mas sim uma realidade. Todo o consumo, hídrico quanto energético, de toda população se configura apenas uma pequena porcentagem de todo o potencial gerado, que é em sua maior parte consumido por latifúndios e industrias. Entretanto, quando a escassez chega são exatamente os que mais precisam que são primeiramente afetados, ou seja: a população. Fica claro, portanto, que possuir grande potencial hídrico não é sinônimo de saber usá-lo. Medidas devem ser implementadas visando a melhoria do sistema: governos estaduais devem criar e/ou aumentar impostos sobre a água consumida para irrigação e para manutenção de fabricas. O dinheiro arrecadado deve ser usado para subsidiar a compra de painéis solares residenciais, trazendo assim características mais sustentáveis à sociedade. Ademais, empresas que queiram implantar parques eólicos devem receber incentivos fiscais, que devem subir gradativamente conforme a quantidade de energia gerada.