Título da redação:

Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 05/08/2017

No Brasil, a matriz energética é predominantemente baseada na exploração de energia hidráulica. Embora apresente inúmeras vantagens, essa modalidade de geração tem como ponto negativo a dependência do fator climático, o clico de chuvas, para se manter em funcionamento e conseguir atender à demanda energética do país. Nesse contexto, os efeitos da má gestão hídrica sobre o sistema energético brasileiro se mostram como um importante problema a ser enfrentado pelos gestores públicos. No âmbito dessa discussão, é conveniente destacar a omissão dos governantes no enfrentamento à questão em comento, uma vez que não há estratégias eficazes de combate ao mal uso da água e da energia elétrica por parte da população. Destarte, o abuso na utilização desses recursos aliado a condições climáticas desfavoráveis são fatores que sobrecarregam o sistema energético e fazem os gestores buscarem, sem qualquer planejamento, fontes de energia mais caras, como é o caso das termelétricas. Outrossim, o insuficiente investimento na diversificação da matriz energética torna-a extremamente vulnerável ao volume de chuvas das regiões onde estão localizadas as represas, o que pôde ser comprovado, respectivamente, nas crises de 2001 e de 2014. Essa realidade vai de encontro a todo o potencial que o país possui, pois, diferentemente de outros países, o Brasil tem o privilégio de poder explorar, de forma sustentável, diversas formas de geração de energia, dentre elas a energia eólica e a energia solar. Tendo em vista os argumentos apresentados, medidas são necessárias para mudar essa realidade. Sendo assim, cabe ao Poder Executivo Federal, por meio do Ministério de Minas e Energia, investir na construção de usinas eólicas e solares, como forma de diversificar a matriz energética brasileira e aproveitar o grande potencial do país nesses segmentos. Ademais, os gestores públicos devem, em parceria com as concessionárias estaduais, onerar a conta dos maiores consumidores e conceder bônus àqueles mais prudentes, como forma de incentivar a redução do consumo e gerir melhor a água nos reservatórios. Dessa maneira, essas medidas garantirão maior equilíbrio energético ao país e reduzirão o risco de novos apagões.