Título da redação:

Os desafios do Gestão Hídrica no Brasil

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 06/12/2018

A água é um recurso natural renovável, no entanto, a ação antrópica e a má gestão hídrica geram distúrbios no ciclo biogeoquímica desta molécula, conduzindo a uma distribuição hidráulica não natural, deixando alguns estados brasileiros com abundância de água e outros com escassez, fato este que incide negativamente na produção energética, a qual é, majoritariamente, gerada por hidrelétricas. Assim, fica evidente que a método da administração dos recursos hídricos, no Brasil, urge por uma discussão profunda envolvendo todos os entes federativo e a população. Um exemplo da precária administração dos recursos hídricos no país é a ineficácia da Lei do Saneamento (Lei 11.445/2007), a qual, completando 11 anos de promulgação, surtiu pouquíssimo efeito na melhoria da coleta e tratamento do esgoto, haja vista que o Mapa do saneamento do IBGE relata que pouco mais que 50% do esgoto produzido no Brasil é coletado. Por conseguinte, o esgoto lançado sem tratamento acaba por assorear rios e poluir as águas superficiais e subterrâneas afetando, assim, todo o ciclo da água, o que acabará por incidir no setor hidroelétrico. De fato, as consequências danosas dos baixos investimentos em pesquisas por novas fontes renováveis de produção de energia, a inércia do Governo frente aos problemas sanitários e ambientais, além da falta de conscientização do uso racional da água por parte da população brasileira, já puderam ser observados nas últimas décadas , com os apagões na região sul e sudeste do país, bem como, com os severos racionamentos de água, na cidade de São Paulo, a fim de não reduzir os níveis dos reservatórios das usinas, os quais frequentemente encontram-se em níveis críticos. Baseando-se em todo o exposto, é indubitável que faz-se mister o aprimoramento da gestão das águas brasileiras. Destarte, o Governo Federal, através dos Ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, deve investir na pesquisa e implantação de novas fontes de energia renovável, como a eólica, a solar, a biomassa e a maremotriz, bem como, em estudos ambientais a fim de evitar e mitigar os danos ambientais provenientes da construção destas matrizes energéticas. Ademais, as escolas e ONGs ambientais devem realizar palestras, fóruns, feiras culturais e divulgação nas redes sociais da importância do uso racional e as consequências da uso indiscriminado da água, somente com estas medidas será possível ter um futuro sustentável e sem apagões.