Com a criação de usinas hidrelétricas, iniciado no Regime Militar, o Brasil aumentou seu potencial hídrico de abastecimento. Desse modo, com o crescimento populacional ao longo dos anos, a industrialização e o desenvolvimento da agricultura, as hidrelétricas se tornaram a principal fonte de energia utilizada no país. Entretanto, durante muito tempo, diversas regiões do Brasil vêm sofrendo com a crise hídrica, decorrente da má gestão pública, causando impactos em diversos setores, mas principalmente no setor energético. Com a falta de administração pública acerca da distribuição hídrica do país e da ausência de controle e prevenção sobre os reservatórios, de forma eficiente, em 2014 o país vivenciou umas das maiores crises hídricas. Naquele ano, a estiagem afetou principalmente a região Sudeste decorrente da queda nos níveis dos reservatórios, em razão da falta de chuva na época. Entretanto, se houvesse um melhor planejamento dos governos, essa situação poderia ter sido evitada. Ocorre que, com essa seca e a ausência de água suficiente nos reservatórios, os efeitos negativos começaram a aparecer. À exemplo, o aumento na conta de luz, problemas na realização de processos na agricultura, resultando no encarecimento de alguns produtos alimentícios e o racionamento emergencial de água. No que tange ao setor energético, a crise hídrica, ocasionada pela negligência dos governantes, entrou em colapso, tendo em vista que cerca de 80% da energia elétrica é fornecida pelas hidrelétricas. Sendo assim, como consequência, se tornou necessário o acionamento das Termelétricas. Porém, essa fonte de energia é prejudicial ao meio ambiente, pois emite diversos gases poluentes que causam o efeito estufa. Ademais, a falta de fontes de energias renováveis no Brasil, suficientes para a população, torna o país muito dependente de uma só fonte energética o que gera certa insegurança nacional, porque quando essa não funciona como deveria, o Brasil fica sob iminente crise econômica e social. Fica evidente, portanto, que a falta de gestão eficiente, no que se refere à questão hídrica no Brasil, prejudica diversos setores da sociedade. Logo, o Governo Federal junto com o Ministério de Energia, deve realizar e executar projetos para aumentar a criação de fontes energéticas renováveis pelo país, com o fim de diminuir, ao longo dos anos, a dependência pelas usinas hidrelétricas. Ademais, a fim de evitar problemas hídricos, cabe ao Governo Federal, junto com os Governos Estaduais, criar um plano de distribuição hídrica, estudando e analisando formas de melhorar a capacidade hídrica em diversas regiões que sofrem com secas constantes.