Título da redação:

A perigosa dependência das hidrelétricas

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 07/08/2017

O Brasil possui 12% da água doce mundial, mas, mesmo assim, em algumas regiões, há a sua falta, seja por períodos de estiagem, seja pela má gestão do recurso. A falta de água repercute diretamente na falta de energia elétrica, visto que, mais de 80% dela é gerada por hidrelétricas, que dependem da disponibilidade de água. Em 2001, houve o chamado “apagão” no país, decorrente de um período de estiagem de três anos que prejudicou a geração de energia. A população foi obrigada a racionar energia, caso contrário, seu fornecimento seria cortado. Essa situação gerou uma revolta em parte da população, já que a eletricidade faz grande parte de seu cotidiano, e a sua falta gerou complicações, como perecimento de alimentos refrigerados e impossibilidade do uso de eletrodomésticos. O “apagão” ocorreu, também, por conta da falta de um plano reserva do governo, caso houvesse um período de seca, ou seja, a extrema dependência da hidroeletricidade, sem a utilização de fontes alternativas de geração de energia, resultou nesse racionamento. Entretanto, quando uma situação climática semelhante ocorreu, em 2014, o governo já havia instalado termelétricas para suprir a falta de energia, e a conta da eletricidade ficou 20% mais cara no ano seguinte, por conta do acionamento dessas usinas. Sendo assim, essa medida resolveu um problema criando outro, não sendo eficaz. Para evitar futuros racionamentos elétricos, o Ministério de Minas e Energia deve investir na instalação de parques eólicos e solares, como alternativa às usinas hidrelétricas, uma vez que ambas são fontes renováveis e não poluentes, além de não dependerem de condições climáticas cíclicas. Ademais, o mesmo ministério, deveria modernizar as hidrelétricas já existentes, colocando novas barragens capazes de captar mais água e novas turbinas a fim de que a geração de energia seja feita de modo mais eficiente e evitando desperdícios.