Título da redação:

A gestão da base vital de uma nação

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 04/08/2017

A água é fundamental em diversos aspectos para uma nação. No Brasil, esse elemento natural exerce grande importância no setor energético e no consumo pela sociedade civil e pelas indústrias, haja vista a dependência do país pela matriz hidrelétrica. Em outras palavras, a água é uma das grandes bases nacionais. Tendo isso em vista, é possível afirmar que, apesar do grande potencial hídrico brasileiro, uma má gestão desse recurso seria catastrófica em termos econômicos, sociais e ambientais. Nessa discussão, é evidente a péssima administração hídrica no Brasil atualmente. É um dos possíveis exemplos disso a crise sofrida por algumas cidades do Sudeste do país nos últimos anos. Foi causa da tal conjuntura a falta de planejamento dos governos estaduais frente a estiagem já prevista para aquele período. Por conseguinte, reservatórios e hidrelétricas locais apresentaram grandes “déficits” em suas atividades, afetando a produtividade industrial e a sociedade, que foram submetidas a regimes de racionamento de água. No entanto, o poder público não é o único responsável pela má gestão hídrica, isto é, a população e o setor secundário da economia são culpados à medida que não fazem uso consciente do recurso, culminando na escassez e em problemas ambientais. Desse modo, tal impasse também pode ser analisado a partir de seus efeitos ecológicos. Nesse contexto, pode-se citar a poluição de corpos d’água por fábricas e mineradoras. Haja vista o desastre do lançamento de dejetos no Rio Doce pela quebra da barragem de uma mineradora; ou, ainda nesse viés, a poluição industrial que transformou o Rio Tietê em São Paulo num curso totalmente insalubre. Além disso, é possível elencar a construção indevida de hidrelétricas, como exemplo a Hidrelétrica de Balbina na Amazônia, que por falta de um bom projeto governamental, foi capaz de destruir ecossistemas, além de não render energeticamente como esperado. Logo, a catástrofe hídrica nacional pode ser evitada se houver uma boa gestão. Em primeiro lugar, é papel do Estado tornar o país menos dependente da matriz hidrelétrica, explorando seu potencial eólico por meio de instalações de geradores de energia ativos ao longo do território. Em segundo lugar, também é dever do poder público fiscalizar rigorosamente as fábricas e empresas extrativas de acordo com a legislação ambiental já existente, aplicando multas e sentenciando prisões aos responsáveis por grandes desastres hidrológicos. Por fim, é responsabilidade civil de cada indivíduo preservar e consumir conscientemente a água, estabelecendo e propagando em seu meio práticas sustentáveis a fim de se perpetuar a disponibilidade desse elemento tão vital.