Na sociedade brasileira moderna vem se ascendendo as prerrogativas falhas do estado em proteger as crianças. Entretanto, ao se analisar objetivamente os alicerces da erotização infantil, encontramos o núcleo de toda essa mazela centrado na falta de comunicação entre pais e filhos, pois não há esclarecimento sobre a sexualidade e perigos existentes ao seu entorno, facilitando assim a possibilidade de casos de prostituição infantil e abusos sexuais. Sendo assim, é necessário o levantamento de tais fatos e negligências que mancham a legitimidade protetiva dos cidadãos pelo estado brasileiro. Primeiramente, um dos fatos que somam a ineficiência do combate da exploração sexual infantil é a falta de retaguarda jurídica. John Locke em sua obra sobre o neoliberalismo citava a importância da existência das leis afirmando que nenhum homem era honesto o bastante se não por imposição de força maior, para assumir os seus erros e ser punido da maneira cabível. Da mesma forma atual, a inexistência de leis que punam pessoas que deflagram e rasurem as liberdades individuais das crianças só fará com que se cresçam os números de abusos e prostituição infantil, pois o estado negligencia o efetivo cumprimento de seus artigos legislativos. Essa conjuntura só denota que embora existam leis, seus resultados só se somarão com suas respectivas aplicabilidades em pleno funcionamento. A comunicação inexistentes entre pais e filhos pode ser suplantada por programas educativos televisivos. Gilberto Freyre, em sua obra sociológica sobre a educação instrumental, defendia que o conhecimento de forma introdutória crítica poderia transformar toda a estrutura de uma sociedade criando indivíduos mais sinceros e seguros quanto a si próprio e seu lugar no mundo sendo assim, o conhecimento se disponibilizado por redes televisivas com as devidas classificações indicativas pode contribuir para formação de cidadãos honestos, justos e entendidos sobre sua sexualidade e respectivos agentes de sua proteção como a polícia e conselho tutelar. Tendo em vista tais prerrogativas, é perceptível a necessidade da ação coletiva da sociedade para lutar contra a erotização infantil. Logo assim, é notório a necessidade do governo em combater a exposição infantil ao perverso. Portanto, os prefeitos em suas respectivas localidades deve reunir a população em comícios públicos e esclarecer a metodologia de combate a abusos infantis, juntamente com ao aprimoramento e obrigatoriedade da fiscalização nas escolas e redes televisivas de seus respectivos conteúdos e comportamentos pelo ministério público e conselho tutelar. Para que assim, as famílias estejam mais seguras e possam criar seus filhos de maneira consciente quanta a sexualidade que ficará restrita aos adultos e não mais como um tópico inerente as crianças.