Durante o Período Imperial no Brasil, a mídia foi considerada o quarto poder do país, onde foi capaz de influenciar nas ações e no comportamento da sociedade. No século XXI, ainda se constata a ascensão da mídia, que exerce grande influência no modo de agir da população. A mesma pode ser ilustrada como dissociadora da imagem da criança, por vincular hábitos culturais que distorcem a identidade dos menores. Através de propagandas de roupas e a vinculação de músicas que sexualizam o corpo feminino infantil, a erotização de crianças brasileiras e a adultização precoce ocasiona muitos problemas no mundo infantil. Em primeira instância, podemos inferir a ação da mídia com publicidades de erotizações infantis, quando a mesma faz campanhas de modas, estreladas por crianças que insinua um universo feminino adulto, programam catálogos, anúncios e/ou propagandas que contribuem para hipersexualização do gênero feminino infanto-juventil. De maneira análoga, em um dos anúncios da revista da “Calvin Klein”, a marca recebeu críticas por conta de retratar uma criança de aproximadamente 13 anos, puxando a tira do seu sutiã. Ademais, letras de músicas compostas por infantes que abordam temas adultos, como o sexo, é outro fator que resulta na erotização em crianças que produzem e nas que escutam. A democratização cultural existe para assegurar a popularização da arte, entretanto, nos dias atuais, a vinculação e a existência de músicas do gênero funk, cantadas por menores de idades vem ocasionando a adultização precoce no Brasil. Um caso bastante polêmico foi da cantora Mc Melody, de 11 anos, onde vários internautas começaram a questionar sua maneira de se vestir de forma adulta e a forma como cantava. Por consequências, o assédio virtual em suas redes sociais é significativo e os principais autores do ato são homens mais velhos. Em suma, fica evidente que as ações da mídia ocasionam a erotização infantil. Sendo assim, o Ministério da Cultura, em parceria com o sistema educacional e a família, devem discutir e desenvolver o assunto com as crianças, apresentando as consequências e as perspectivas que ocorrem ao usar acessórios que não condizem com sua idade e cantar músicas insinuantes, para que busquem aproveitar a sua fase infantil de melhor maneira.