Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 29/05/2018

Na Revolução Industrial Inglesa do século XIX, a maioria das crianças foram adultizadas precocemente por desempenharem papéis que não lhes eram inerentes. De mesmo modo, a erotização infantil, que vem tornando-se gradativamente mais comum hodiernamente, deturpa o comportamento natural da população das faixas mais baixas da pirâmide etária do Brasil, que, como um país de futuro promissor, depende diretamente dos adultos que esses se tornarão. Em primeiro lugar, convém relacionar a maturação prematura com a erotização infantil, facilitada pelo acesso à internet. Sendo assim, assuntos inapropriados para a idade, como o consumo de álcool, drogas e sexualidade, tornam-se corriqueiros no cotidiano da criança, apesar do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) posicionar-se quanto a importância da vivência de todas as fases indispensáveis da infância para a formação do indivíduo. Desse modo, a falta de experiência e responsabilidade para lidar com essa realidade imprópria é um dos fatores diretos da tão comum gravidez precoce, que interrompe o curso escolar de muitos adolescentes. Ademais, a priorização dos estudos nas fases iniciais da vida é impedida pela necessidade de se adequar no mundo adulto. Apesar de ser majoritariamente dependente da exportação de "commodities" - como soja, banana, café - o Brasil está em transição para se tornar industrial desenvolvido. Nessa fase do capitalismo, onde predomina o sistema de produção Taylorista, mão de obra qualificada é um dos pilares centrais. Dessa maneira, uma vez que o estudo técnico e científico é deixado de lado, as crianças de hoje, muito possivelmente, farão parte do grupo que terá seu trabalho substituído por máquinas. Fica evidente, portanto, que medidas preventivas sejam tomadas para direcionar as crianças ao curso natural da vida, garantindo a vivência de todas as etapas inerentes. A família, como uma das principais instituições na formação do caráter do indivíduo, deve limitar e direcionar os meios de comunicação utilizados pela criança, mediante o ensino e fiscalização, atentando para os limites de faixa etária das exibições, a fim de garantir conteúdos e companhias apropriadas para cada fase. Além disso, é necessário que a escola passe a debater com os próprios alunos às consequências da erotização infantil, dando espaço para o diálogo entre eles por meio de mesas redondas, para que não falte informação e instrução para esses que, como protagonistas sociais, estão ainda em processo de constituição intelectual, física e ideológica.