O conceito de erotização infantil entende-se como um comportamento adulto e sensual, não correspondente com a idade da criança. Nesse sentido, no Brasil isso tornou-se um problema cada vez mais presente e constante na sociedade contemporânea. De um lado, a publicidade e o entretenimento são os mecanismos responsáveis pela exposição e adultização. Do outro, a falta de diálogo nas relações pais e filhos sobre o assunto sexualidade. A princípio, as músicas do gênero funk tendem a expor crianças em ambientes sensuais e provocantes. Segundo o Émile Durkheim, sociólogo francês, os fatos sociais consistem em uma ação coercitiva e exterioridade, voltado para os comportamentos humanos. Partindo do ponto de vista do intelectual, a coação externa no ambiente musical são as danças sensuais, letras de carácter sexual, vestimentas inapropriadas para idade. Ademais, esses comportamentos são requisitos para alcançar sucesso nessa área musical, deixando de lado a ingenuidade das pequenas crianças. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente asseguram os direitos fundamentais. Entretanto, o poder executivo falhou em garantir esse direito, no que tange a segurança e a educação. De acordo com Johann Goethe, escritor alemão, “a maior necessidade de um estado é a de governantes corajosos” . Porém, os políticos não acertaram na administração interna, tendo em vista, que não há campanhas para o debate sobre sexualidade e suas consequências. Essa discussão é importante no sentido de combater a gravidez precoce, acesso a sites inapropriados para menores. Mas, infelizmente esses direitos assegurados pelas leis vigentes só ocorrem no papel, sem iniciativa de ações governamentais ou políticos audaciosos para assegurarem esses direitos. Em síntese, é imprescindível que sejam construídas ideias para um novo enfrentamento da erotização infantil. Para isso, o Ministério da Cultura crie um projeto musical para agregar oportunidades e busca de talentos infantis, por meio de eventos administrados em escolas e praças públicas que tenha como objetivo a ampliação da cultura brasileira e sucesso musical sem exposição corporal ou cenas muitos sensuais. Além do mais, o Ministério da Educação organize uma reunião semestral nos colégios públicos e privados com país e estudantes para conscientização da sexualidade, e esclarecimentos de dúvidas. Como diz, o escritor Victor Hugo, “ Quem conduz e arrasta o mundo não são as máquinas, são as ideias.