Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 26/05/2018

Para a Constituição Federal do Brasil, é papel dos pais se responsabilizarem pela formação moral das crianças, já que as consequências dessa moralidade será arcada pela família. No entanto, a atuação do Estado com o fim de promover o ensino de gêneros aos infantes vai de encontro ao pensamento familiar, vale ressaltar ainda que a mídia apropriou-se do lucro gerado em torno dos pequenos, desse modo, o que tem feito sucesso no meio infantil são as crianças adultizadas, cantores mirins que se vestem e falam como adultos. Logo, toda essa deturpação aflorou a erotização infantil no Brasil que pode ser observada porque são mais de 612 mil meninas entre 10 e 15 anos que tem sua infância e adolescência interrompidas todos os anos, de acordo com a Folha de São Paulo. É sabido que o mercado do funk tem lançado músicas de cunho apelativo apresentando letras que tratam de sexo e sensualidade, com refrões "chicletes", fáceis de decorar. Por conseguinte, crianças que também cantam esse tipo de música começaram a ser divulgados pela mídia, como Mc Melody e Mc Brinquedo, todavia, esse fato é preocupante devido ao exemplo que esses famosos representam para os outros pequenos, haja vista o conceito de criança esponja (entende e absorve tudo a sua volta) que já fora defendido pelo Conselho Federal de Psicologia. Vale ressaltar ainda que a maioria das músicas brasileiras rodam em torno da sexualidade, por isso, cabe aos pais filtrarem o que os seus filhos ouvem e, principalmente, as músicas que escutam quando acompanhados pelos filhos, para que aproveitem a infância deles de forma genuína e nada seja aflorado antes do momento ideal. Ademais, as famílias têm errado em dois âmbitos, ou por excesso ou pela falta. Quando se trata de excesso, é observada a história do "tal mãe, tal filha", mães que vestem as filhas com roupas semelhantes, maquiagens e batons, essa prática é refutada pelo CFP, a saber que aflora o desejo da criança de fazer as mesmas coisas que a mamãe e isso pode incitar a sexualidade precoce. Nesse contexto, a falta pode ser observada nos pais que não sabem dialogar de forma sábia com os filhos sobre seus órgãos sexuais, nesse ínterim, qualquer informação dada fora de casa, como as cartilhas de gênero, podem influenciar na formação sexual da criança, corrompendo-a e indo de encontro ao direito da família. Por isso, é necessário que os pais dialoguem de acordo com o avanço cronológico da criança para que não existam surpresas no futuro. Infere-se, portanto, com o intuito de mitigar os efeitos da erotização infantil no Brasil, cabe às escolas públicas promoverem palestras com psicólogos, por meio de convites formais, direcionadas aos pais, com o fim de que sejam orientados a tomarem alguns cuidados com o que ouvem e assistem perto de seus filhos, como também informá-los sobre as consequências da erotização infantil. Para mais, é importante que os pais sejam orientados por sexólogos, no ambiente escolar, sobre como lidar no momento em que a criança começa a descobrir seu corpo e perguntar dele. Somente assim, os pais estarão plenamente preparados para atuarem em todo o processo de formação moral da criança, como previsto em Constituição.