Segundo Lavoisier, pai da química moderna, “na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Em paralelo a esse pensamento, a erotização infantil transforma a vida da criança. No entanto, essa transformação ocorre de maneira negativa, cujos resultados geram impactos nada agradáveis na vida futura do menor. Primeiramente, vale salientar que a erotização infantil é um processo que consiste em acelerar a chegada da vida adulta, aguçando os sentidos sensuais do infante. Processo esse que é estimulado pela mídia (músicas e programas infantis) e pela internet (vídeos e aplicativos) com apelos de protagonizar uma história que leva em consideração o personagem que anseia os devaneios da vida adulta; e pela constante exposição da vida íntima que os integrantes da família faz diante dos menores. Além do mais, a criança tende a alcançar o universo da maturidade precocemente, eximindo-se das fases de descobertas pessoais. Em decorrência disso, atrapalha na formação completa da personalidade daquela, o que já é um grande impacto. Todavia, podem desencadear vários outros efeitos, tais como a gravidez precoce e ingenuidade, já que lhe foi eximida, pelos agentes estimulantes da erotização, das próprias descobertas. Dessa maneira, os efeitos resultantes da vida adulta precoce impacta a vida futura do menor, pois o torna mais vulnerável às aliciações sexuais, uma vez que não teve instrução diante das diversas situações da vida em que pulou de fase sem a correta orientação dada pelos pais para lidarem com esse fato. Dessa forma, a escola, portanto, como formadora de parte da personalidade do indivíduo, deve orientar os pais – ao identificar nas crianças o início da erotização-, para que esses redobrem as atenções no processo de formação da personalidade dos filhos, por intermédio de palestras e debates com psicólogos educacionais, a fim de possibilitar às crianças que elas vivam os momentos de cada fase ser se eximir de algum. Por fim, o Ministério da Mídia e Tecnologia, precisa delimitar os conteúdos expostos pelos canais de comunicação ao público infantil, por meio de fiscalização dos conteúdos bem como a essência propagada por esses, com o objetivo de amenizar os impactos que a erotização infantil desencadeia na vida do menor, no Brasil.