Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 25/05/2018

Durante a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII, milhares de crianças eram adultizadas e trabalhavam nas fábricas sob a justificativa de tirá-las da fome. Hodiernamente, apesar de várias conquistas que garantem sua preservação, como a criação do ECA no Brasil, novos desafios surgem em torno da expropriação da infância por meio da erotização. Devido a exposição a conteúdos inapropriados, falta de vigilância pelas famílias e diálogos juntamente às instituições de ensino sobre a conscientização e defesa dessa fase. Tornando a necessidade de medidas para suprimir as lacunas emergidas entre os direitos constitucionais à proteção e seu verdadeiro acesso. Primeiramente, é válido salientar a importância da família para eliminação da erotização infantil. Isso porque, como núcleo afetivo e educador é seu dever proteger, instruir e selecionar o que fere ou não a infância. O filósofo André Comte-Sponville elucidou que a prudência determina o que é necessário escolher e o que é necessário evitar. Percebe-se que na maioria das vezes ela não é aplicada, uma vez que parte dos pais vivem sob a atonia diária e não analisam a faixa etária do conteúdo televisivo e os sites navegados, bloqueando aqueles que forem inapropriados, além da falta de percepção sobre suas atitudes como carícias de natureza sexual frente a criança, sendo essa muito observadora, que pode despertar a sexualidade precocemente. Essa realidade se agrava na medida que há estimulação da adultização por meio de concursos de beleza e vestimentas específicas para adultos na versão infantil, que abreviam essa fase. Com efeito, elas tornam-se mais vulneráveis ao assédio e tem sua inocência roubada. Há outro fator intrinsecamente ligado a erotização infantil: o ambiente escolar. Apesar da família ter uma parcela importante relacionada a sexualização infantil, tal fato poderia ser minorado se a escola sinalizasse os pais sobre essa nova realidade para que os mesmo retifiquem suas atitudes, além da repressão aos "namoradinhos" muitas vezes vistos como normais já nos primeiros anos de vida e a estimulação das crianças a vivenciar esse período como crianças, já que segundo as teorias freudianas a formação educacional e da personalidade se consolidam na infância. Dessa forma, elas poderão viver tudo no tempo certo e de forma natural, como rege o Estatuto. Assim, conforme Comte, é necessário ver para prever e prever para prover. Nesse sentido, aliado aos fatos supracitados, percebe-se que há muitos desafios em torno da erotização infantil e seus efeitos e prever sua continuação caso medidas eficientes não sejam aplicadas. Então, o MEC deve promover congressos para os docentes, ministrados por psicopedagogos, para que haja o debate e o maior conhecimento sobre as consequências da sexualização precoce e meios para desintegra-las juntamente aos familiares, além de parcerias com o Conselho Tutelar para executarem propagandas nos meios midiáticos alertando os pais sobre a importância da preservação da infância e sua consequente concretização. Só assim, a prudência destacada pelo filósofo anteriormente poderá ser efetivada e as várias crianças sem supervisão, amparadas.