Nos “hentais” - animações japonesas de caráter pornográfico – a exibição de personagens com traços infantis praticando atos sexuais não é incomum. Apesar dessa exposição advir da proibição da imagem dos pelos pubianos no Japão, ela se revela problemática, pois fomenta crimes sexuais. Concomitantemente, no Brasil, a erotização de menores é recorrente, sobretudo na rede. Por isso, torna-se necessário discutir sobre dois efeitos da “adultização” de crianças: a pedofilia e a gravidez precoce. A priori, é importante ressaltar que para a OMS, a pedofilia é uma doença entre os diversos transtornos sexuais. E ainda, o Código Penal brasileiro condena práticas de sexo ou atos libidinosos entre maiores de idade e menores de 14 anos. Sob essa ótica, sexualizar crianças pode torna-las vulneráveis à esses criminosos – que se disfarçam com facilidade entre os membros da sociedade. Como aconteceu com as atrizes mirins Larissa Manoela e Maísa Silva, que sofrem da erotização de suas imagens nas redes sociais. Logo, ainda que a maioria da população repudie crimes sexuais, eles são comuns, principalmente na internet. Segundo o sociólogo Gilberto Freyre, a forma que o país trata suas crianças é um ornamento. Em contrapartida, a Pátria Amada, se revela desalinhada a esse pensamento ao analisar as consequências do desenvolvimento sexual precoce dos menores de idade. Nesse contexto, o país, segundo o Fundo de Populações das Nações Unidas, está entre os dez Estados com altos índices de gravidez na adolescência. Esse fato é preocupante, pois o número de casos de gestantes aos 12 anos é extenso. Isto é, além de ser um problema social, a “adultização” se torna um impasse para a saúde publica. Transfigura-se, portanto, a necessidade de mudar a forma de cuidar dos indivíduos responsáveis pelo futuro do país. Para isso, cabe ao poder Legislativo do país a elaboração de leis que dificultem a publicação dos “hentais infantis” nos sites brasileiros. Por meio da fiscalização dos conteúdos pela Polícia e investigação dos autores, assim como a divulgação dos seus nomes para o público. Além da penalização dos responsáveis por esse e outros crimes virtuais de cunho sexual. Dessa forma é possível caminhar para diminuição do problema no país, outrossim garantir às crianças uma infância próspera.