Título da redação:

Qualquer desenho, qualquer brinquedo, qualquer criança pode ser alvo.

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 07/06/2018

Para Jean Piaget, principal psicólogo que dedicou-se ao estudo do comportamento infantil, a criança aprende com meio, conforme a interação com as pessoas que estão ao seu redor. Aliado à isso, a erotização infantil pode estar relacionada com o fruto da repetição as quais os infantis são expostos. Em primeiro lugar, é crucial refletir sobre o quão prejudicial é a erotização infantil, pois o desenvolvimento psicológico é afetado, à medida que a criança presencia comportamentos impróprios, ela absorve e passa a incorpora-los para sua vida, propiciando assim, um desequilíbrio entre a mente e a idade, ou seja, pulando etapas do estágio cognitivo que só poderiam ser introduzidas na vida adulta. Cabe ressaltar ainda, que segundo o Instituto de pesquisas da Usp, o número de meninas grávidas entre doze e quinze anos subiu de 56% para 67% nos últimos dois anos. Isso mostra que a infância é algo que torna-se escassa se não tiver o controle da família. Outro aspecto relevante, trata-se sobre o papel exercido pela mídia, uma vez que o público infantil é grande alvo da persuasão, por não terem o senso crítico formado, eles se tornam presa fácil da industria capitalista, seja por meio de desenhos que induzem a atos incoerentes, ou por meio do consumismo, utilizando brinquedos que despertam a curiosidade infantil, como por exemplo, bonecas que são comercializadas com apetrechos sexuais, como roupas, corpo e maquiagens adultas. Com isso, é um fato a mais que corrobora para a erotização infantil. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que cabe ao Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária(CONAR) fazer uma fiscalização diante de todos os conteúdos que são destinados ao infantis,não como forma de censura, mas como proteção, tendo como finalidade banir qualquer performasse que possa alimentar a erotização, evitando despertar o prazer sexual de pessoas de má-fé. À escola, destina-se a função não só de repassar os conteúdos programados, como também de reunir os pais, promovendo rodas de conversa, para que assim, possam alertar sobre os principais riscos e as consequências da adultização. Por fim, o papel da família é de manter o diálogo, tendo por objetivo a proteção.