A erotização infantil é uma grave violação da infância que, infelizmente, está muito presente na sociedade brasileira do século XIX. Tal violência é causa de diversos problemas sociais, destacando a discrepância entre idade mental e etária, e a temível gravidez precoce. A lógica do filósofo Rousseau, que afirma que "O homem é produto do meio", pode ser aplicada no contexto da erotização e adultização infantil, visto que inadequações no meio e o fácil acesso a conteúdos midiáticos inapropriados somados à natural tendência de repetição de comportamentos pelas crianças desencadeia o roubo da infância, também conhecido como pulo de faixa etária, que, além de ser uma grave violação, gera distúrbios psicossociais nas crianças, analisando que a inversão entre idade e mentalidade provoca a vulnerabilidade social e sexual. O segundo principal efeito da erotização infantil é a gravidez precoce que, também aliada à filosofia de Rousseau, é causada por inadequações do meio e tendência de aprendizado pela repetição agregados à falta de educação sexual, levando os jovens à vida sexual precoce e desprotegida, agravando os índices de gravidez precoce e transmissão de DSTs. Para solucionar a questão, portanto, é necessário que o Estatuto da Criança e do Adolescente discuta a educação sexual por meio de debates em escolas e comunidades, a fim de que a criança possa ser esclarecida sobre seu corpo e saúde sem ser exposta à conteúdos impróprios. Dessa forma, o Brasil tornar-se-á referência global em combate à erotização infantil.