A erotização da infância é dada pela exposição desenfreada à conteúdos adultos e pejorativos, abusando da inocência desse corpo social. Desse modo salienta-se notar a importância e urgência dos agentes sociais e midiáticos para o desenfreio de tais medidas. Em uma sociedade dotada de exterioridade, assim como afirma o sociólogo Durkein, as crianças são o reflexo da sociedade que a cerca. Diante de um ciclo vicioso que envolve a banalização de costumes como danças, vestimentas e palavras vulgares, junto à ausência de acompanhamento tutelar, a sociedade tem exposto essa infância à sexualidade precoce e ao aumento da prostituição infantil, principalmente de meninas. De outro modo, o escritor George Orwell, declara sobre o poder da mídia na sociedade como controladora da massa. Assim, desenfreado por questões financeiras e sem nenhum limite estatal, o conteúdo midiático bombardeia uma realidade hostil, a qual, até personagens de desenhos infantis, como a Alerquina, vilã do desenho em quadrinhos do Batman, miscigena a idealização dessa vulgaridade, que influencia, mais ainda, a vivência adulta imatura. Logo, a formação ético-social torna-se prejudicada perante as futuras gerações. Em vista do que foi mencionado, a precisão para a mitificação dessa erotização infantil se faz presente em todas as demandas sociais. Sendo necessário o apoio ativo do Ministério da Justiça à atuação do Estatuto da Criança e do Adolescente, regendo e aplicando, devidamente, a legislação afim de controlar o abuso midiático. A mídia, por outro lado, promover a conscientização social por meio de propagandas educativas, para estimular o acompanhamento e controle do crescimento infantil, direcionando-os, assim, à formação sociológica do futuro brasileiro.