Funcionando como a Segunda Lei de Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso, a erotização infantil é um problema que persiste na sociedade brasileira. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de mudar o trajeto deste problema, a combinação de fatores familiares e midiáticos acabam por contribuir com a situação atual. Conforme a autora Rachel Harris, as crianças aprendem com tudo o que vivenciam. Complementarmente, assimilam o que observam, escutam e, principalmente, com os comportamentos que absorvem dos adultos. Dito isso, os pais acabam que despropositadamente, expõem os pequenos a conteúdos inapropriados. Como efeito, as etapas do desenvolvimento da criança são transpostas e seus aprendizados são antecipados, o que é bastante nocivo para a cognição. É imprudente permitir que crianças fiquem expostas a algumas programações apelativas para conteúdos sensuais, visto que será desenvolvida uma erotização precoce. Um estudo publicado pela Revista Pedagogia em Ação, da PUC-Minas, revelou que a questão midiática e das redes sociais é muito forte, à vista disso, sempre há um teor erótico nas mensagens da mídia. Em consequência disso, todo cuidado dos adultos é sempre pouco. Dessa forma, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que realizem a mudança deste percurso. Logo, torna-se necessário que o Ministério da Educação promova por meio tanto da mídia digital, quanto da mídia audiovisual, programas de apoio e orientação sobre a educação infantil. Dessa maneira, os familiares serão advertidos sobre os perigos que cercam as crianças. Dessarte, a família e a mídia, funcionarão como a força descrita por Newton e mudarão o percurso da erotização infantil, da persistência para a extinção.