Durante a Revolução Industrial do século XVIII, a inserção infantil no meio laboral marcou a produção fabril da época. Desse modo, observa-se que o vilipêndio à infância não é uma conjuntura hodierna. No cenário brasileiro, esse alvitamento intercorre seja pelo uso de vestuário impertinente a faixa etária seja pela exposição ao mundo adulto. Em primeira análise, é notória a normatização da adultização de crianças no Brasil, a atenuação da fase pueril em muitos casos advém da própria casa. Os filhos muitas vezes são expostos pelos pais a situações vulnerabilizantes, exemplo disso é o incentivo à roupas inerentes aos adultos. Por conseguinte, esses fatores refletem diretamente no desenvolvimento infantil, visto que as crianças não possuem estrutura física e psicológica com circunstâncias incongruentes a idade. Outrossim, os meios de comunicação são coadjuvantes na propagação da erotização precoce, uma vez que exibem programações com alto apelo e exploração sexual de jovens. Assim como na Segunda Guerra Mundial o influxo da mídia foi utilizado para propalar ideologias facistas, no século XXI a influência midiática imposta por outros prismas é alarmante. Por essa razão, a ausência de orientação parental e escolar acarreta na vulnerabilidade das crianças perante a infindável rede de informações. Portanto, é possível dizer que, os direitos infantis garantidos na Carta Magna brasileira são violados desde os séculos passados. Logo, o papel dos pais, influenciadores primários, é atentar ao tipo de conteúdo ao qual o filho tem acesso. Ademais, a escola deve priorizar atividades como jogos pertinentes a cada idade. Dessa maneira, caminhos serão trilhados para o fim da problemática.