Conforme dizia o filósofo Friedrich Nietzche, a criança é um espírito livre, ela representa a superação dos valores morais e a pura espontaneidade. Com isso, pode-se perceber que a infância é um período em que ocorre a estimulação dos processos cognitivos, tais como a atenção, a memória,o raciocínio e a imaginação. Porém, hodiernamente, há um aceleramento dessa etapa para a mentalidade adulta, adversidade causada, induvitavelmente, pela evolução da mídia e a disponibilização de conteúdos eróticos de forma autônoma, resultando no comportamento inadequado dos bambinos. Em consequência disso, nota-se que ,com o fim da Guerra Fria, a influência midiática sobre a sociedade cresceu concomitantemente à globalização, surgindo, então, a erotização infantil, na qual destaca-se a gravidez precoce com ausência de preparação psicológica e, em muitos casos, financeira, onde a genitora sofre riscos, como anemia, assim como o bebê, já que o útero ainda não está totalmente próspero para o desenvolvimento do ser. Sendo assim, a falta de ponderação de pais ou responsáveis acerca do que seus filhos ouvem e assistem frequentemente, ocasiona na manutenção aumentativa de erotização prematura. Outrossim, são demasiadas as oportunidades que crianças possuem de conviver com propagandas, filmes, desenhos animados e novelas que incitam a sedução e a exposição do corpo, além disso, uma pesquisa, realizada pelo Comitê Gestor da internet no Brasil (CGI), revelou que oito, em cada dez crianças e jovens brasileiros entre nove e dezessete anos, são usuários de internet, ou seja, as redes sociais se tornaram um perigo, já que aumentam as chances de pedofilia causadas por adultos que se passam por crianças e estabelecem um dialógo infantil com os utilizadores párvulos, como a denominada ciberpedofilia. Nesse contexto, é imprescindível que o Ministério da Educação implemente palestras nas escolas a respeito da importância da preservação da infantilidade para o desenvolvimento da criança, assim como em relação ao uso de redes sociais sem vigilância dos pais ou responsáveis e suas consequências, como a ciberpedofilia e a erotização antecipada. Do mesmo modo que é de suma relevância a divulgação midiática, por meio de televisores, rádios, painéis publicitários e internet, dos efeitos físicos, emocionais e socioeconômicos da gravidez precoce, como aborto espontâneo e/ou problemas financeiros, posto que gera os problemas, já citados, à mãe jovem e ao filho e, portanto, meninas novas, entre 10 e 19 anos, ficarão cientes dos riscos. Destarte, acarretará em uma sociedade ponderosa com as crianças e, de fato, na diminuição gradativa da erotização infantil.