É notório o precoce amadurecimento das crianças, e quanto mais o tempo passa, mais rápido elas vêm amadurecendo. Com esse amadurecimento, há a ocorrência de outro fato conhecido como erotização infantil. A erotização infantil atravessa etapas do desenvolvimento da criança e antecipa seus aprendizados. A erotização é influenciada e ampliada pelas mídias sociais, como internet, propagandas e televisão, locais onde crianças aparecem de salto alto, maquiagem, produzidas como adultos, apesar de não serem. A erotização infantil no Brasil contém um grande influenciador, o funk. Esse estilo musical, em sua maioria, sexualiza a mulher, e pode ser prejudicial para crianças cantarem ou dançarem esse tipo de música, levando pessoas mal intencionas a terem pensamentos impróprios com/por essas crianças. Um exemplo disso é a cantora MC Melody, que ficou conhecida desde pequena por postar vídeos cantando e dançando funk na internet. Apesar de não ser nada sexual, muitos enxergavam maldade naquilo, logo, esse é um fator que pode até abrir portas para o aumento da pedofilia no país. Cerca de 58 mil crianças são abusadas por ano, ao consideramos o abuso sexual infantil como um fato social, termo e definição criados por Durkheim, fica claro que influenciaria totalmente a vida de uma criança, que levaria os prejuízos até a vida adulta. Cabe então ao governo aumentar a proteção das crianças, garantindo que todas tenham seus direitos cumpridos, direitos esses regulamentados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E também garantir que os abusadores ou “erotizadores” tenham a pena que merecem. O Ministério da Saúde poderá contribuir com orientações de como se proteger e explicações de como o corpo de uma criança é só dela mesma, não abrindo espaço para terceiros se aproveitarem. E é também imprescindível a participação dos pais durante todo o processo, protegendo e orientando suas crianças para que ajam de acordo com sua idade, os mantendo o mais longe possível de todo o perigo.