Lamentavelmente os meios de comunicação em massa, notadamente a internet, têm corroborado para que a erotização – que já foi propagada de forma oficial no material de turismo do Brasil, entre as décadas de 1970 e 1990 - chegue de forma precoce às crianças e adolescentes, permitindo-lhes a assunção de posturas inadequadas para as respectivas idades. Essa erotização infantil assumida pelas crianças, sobretudo do sexo feminino, pode gerar sérios “prejuízos” psicológicos e sociais imensuráveis. Os estímulos exacerbados que as crianças brasileiras recebem por parte das mídias televisivas – novelas da Rede Globo de televisão, especialmente “Malhação” – contribuem para o desejo sexual precoce e para o consequente desrespeito às fases do desenvolvimento infantil. Segundo o psicólogo Jean Piaget, as quatro fases de desenvolvimento infantil são fundamentais para o aprendizado e para o aprimoramento do aparelho cognitivo, cujos estímulos devem respeitar as respectivas faixas etárias. A desejo sexual na infância e adolescência pode causar frustrações, principalmente em decorrência de uma gravidez indesejada, a qual favorece o atraso e, muitas vezes, desistência escolar. No censo de 2012 o IBGE revelou que o índice de gravidez na adolescência tem aumentado e a faixa etária tem diminuído. Isso reflete o estado de vulnerabilidade social o qual esses jovens estão inseridos. Além disso, também reflete a falta de maturidade e de consciência social. Considerando o fato que o público infantil tem acesso fácil a todo tipo de conteúdo na internet, faz-se necessário, portanto, uma política de conscientização, com campanhas instrucionais, promovidas pelo Ministério da Educação nas escolas. Além disso, os pais devem estar atentos aos conteúdos que os filhos têm acesso, devendo estar sempre abertos ao diálogo e dispostos a ajuda-los no que for necessário referente às descobertas da vida sabendo impor-lhes os devidos limites.