Título da redação:

A formação da tabula rasa

Tema de redação: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 30/05/2018

Segundo o filósofo Pitágoras, as crianças devem ser educadas, para que não seja necessário punir os adultos. Porém, as famílias juntamente com as influências da mídia têm falhado nessa educação, colaborando, principalmente, com o aumento da erotização infantil. Afinal, as crianças estão se transformando em adultos cada vez mais precoces. Dessa forma, faz-se necessário que essas falhas sejam concertadas, a fim dessa erotização possa acabar junto com os malefícios trazidos na vida das crianças. Em primeiro viés, é preciso compreender a importância de ser e viver como uma criança, visto que é a fase mais importante de conhecimento, principalmente, da sexualidade e aprimoramento dos sentidos. A teoria da tabula rasa do filósofo Jonh Locke diz que, “O ser humano é como uma tela em branco, preenchida por experiências e influências.” Desse modo, a partir do nascimento de uma criança que sua tela começa a mudar de cor, devido ao conhecimento que adquire mediante aos vínculos com as pessoas no seu redor. Diante disso, a importância da presença e do diálogo dos pais é fundamental na vida das crianças, para que elas possam adquirir na tabula, ou seja, na consciência experiências e influências boas e corretas para o crescimento. Mas, isso não ocorre. Muitas vezes, as famílias expõem os filhos como mercadorias com ajuda do sistema capitalista vigente, na qual cria um estereótipo da criança com roupas, sapatos e brincadeiras iguais um adulto. Isso faz com que elas “pulem de fase”, podendo transformar em adultos com alterações no psicológico. Somado a essa construção da tela, primeiramente em branco, é notório salientar que essa erotização infantil tem aumentado atualmente, mas em épocas passadas já eram comum a adultização de crianças. Como por exemplo, na Idade Média, em que elas eram consideradas como ”adultos pequenos” e na Revolução Industrial em que trabalhavam por longas jornadas de trabalho, sem menos poder brincar. Apenas, na Idade Moderna, em 1990, com a criação do Estatuto da Criança e Adolescente que mudou um pouco dessa realidade, pois trouxe direitos, como o de proteção. Hoje, as crianças estão expostas a mídia, redes sociais, as diversas letras de música e mesmo ambientes, que as deixam vulneráveis e como consequência convivem com a erotização. Isso explica o aumento da violência infantil, como por exemplo, a pedofilia, abusos e assassinatos. Logo, fica evidente que a erotização infantil é uma preocupação na realidade, já que retira o direito de alguns indivíduos de viver como crianças, além de expor ao mundo dos adultos mais rápidos. Desse modo, o Governo deve criar campanhas de preservação da vida infantil, por meio de palestras, oficinas e cartilhas nas escolas, em ambientes públicos e na mídia, a fim de os pais e todos os responsáveis das crianças possam se alertar contra os riscos da formação da tabula rasa e as influências na vida desses seres. Assim, a erotização não será uma realidade, mas uma tela sem valor.