A adultização precoce
“Novinha”, foi o termo usado por Mc Belo para descrever sua filha de apenas 8 anos, que estava de costas para o públi...
Semanalmente nossa equipe prepara um podcast com análises sobre o tema proposto.
A adultização, que consiste na adoção de comportamentos não condizentes com a idade da criança, viola a infância. Os estágios da infância essenciais para formação do indivíduo percorrem períodos de 0 a 2 anos, 2 a 7 anos e 7 a 12 anos. Acelerar estas fases significa gerar crianças com mentes adultas inversas às suas faixas etárias. É roubar a sua infância. Todavia, não é puramente a adultização que vem expondo as crianças. Exibi-las a conteúdos inapropriados para suas faixas etárias é também roubá-las de suas infâncias, é apresentá-las à erotização infantil.
O artigo 3º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) preconiza que as crianças gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, e, como protagonistas sociais em evolução, carecem de atenção e extremo cuidado. Um subproduto de adulto não é uma criança, e sim, um ser humano “coisificado”. Transformá-los em adultos é cortar pela raiz de cada uma o direito de descobertas que moldarão o seu caráter e que lhes farão verdadeiros sujeitos de transformação.
Fonte: https://www.prb10.org.br/noticias/opiniao/adultizacao-e-erotizacao-infantil-infancia-roubada/
Um vídeo tem chamado a atenção dos internautas nas últimas semanas. Nele, uma menina de apenas oito anos dança no palco durante um show de funk. De costas para a plateia, ela encena uma coreografia sensual. O homem que aparece ao lado, pedindo ao público para aplaudir a apresentação da “novinha”, como se refere à criança, é o próprio pai, Thiago de Abreu, conhecido como MC Belinho.
Para a psicóloga Sandra Santos, o incentivo à sexualidade precoce pode trazer uma série de prejuízos para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. “A gente sabe que esse período é extremamente importante para o desenvolvimento. É um período de descoberta e isso vai acontecendo pouco a pouco, mas o contato com um ambiente vulnerabilizador faz com que essa criança desperte muito cedo para a sexualidade. Descobrir isso a partir da ótica do adulto tira dela essa inocência”, observa.
Analisando o vídeo da pequena Melody, Sandra avalia o assédio em torno da menina. “Imagino que possa estimular o assédio dos homens. Tudo isso é extremamente danoso e hostil. Um contato feito de uma forma inadequada, através de adultos que estimulam esse desejo”, afirma.
Fonte: https://www.revistaforum.com.br/mc-melody-e-os-riscos-da-erotizacao-infantil/
Segundo Nejm, diretor de Prevenção e Atendimento da SaferNet Brasil, para o projeto Criança e Consumo: “A criança tem de ser esclarecida sobre seu próprio corpo, sobre cada etapa do seu desenvolvimento. Uma criança que não tem orientação sobre sexualidade e entra na internet sem o devido esclarecimento dos pais vai lidar com propostas, sites, imagens indevidos. Ela pode se tornar uma presa fácil porque sentirá curiosidade e não saberá o tamanho do risco que está correndo. O diálogo que ela não tem em casa, vai ter com um estranho, que pode se passar por uma criança ou adolescente, mas que, na verdade, é um adulto com distúrbios e más intenções. Por isso, quanto mais esse debate existir, mais protegida a criança vai estar quando navegar pela internet.”
Fonte: http://labedu.org.br/sobre-os-riscos-da-erotizacao-precoce-na-infancia-2/
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