No livro "Em Algum Lugar nas Estrelas" de Clare Vanderpool, é apresentado um personagem autista, Early, que por conta de sua condição, é considerado por todos como um estranho e, com isso, é ignorado pelos membros de sua escola. Fora da ficção, o cenário encontrado por essas pessoas dentro da realidade brasileira não é muito diferente. É preciso uma maior atenção para essa minoria do país. Primeiramente, pode-se destacar a falta de atenção perante o estado recebida por essa parcela da população. Aristóteles disse: “devemos tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”, mostrando que os recursos usados para essas crianças não seriam privilégios, e sim, direitos. A partir disso, conclui-se que é dever do Estado fornecer auxilio para crianças que sofram dessa doença. Além disso, no Brasil, a grande desigualdade social aumenta as dificuldades. O autismo possui tratamento, entretanto, este é longo e o individuo precisa ser acompanhado por uma serie de especialistas como psicólogos e fonoaudiólogos para aprender a conviver dentro da sociedade. Por conta disso, essas crianças precisam de mais atenção, o que nem sempre é possível quando estas se encontram em famílias de baixa renda, com os pais trabalhando e às vezes sem dinheiro para custear. Assim, notam-se as diferenças encontradas dependo da classe social inserida, mesmo sendo uma doença que pode afetar toda e qualquer família. Faz-se necessário, portanto, a necessidade dessas pessoas que seus direitos sejam atendidos. É preciso que o governo crie programas dentro das escolas que forneçam auxilio para crianças portadoras de autismo, com profissionais especializados nessa área, e aulas diferenciadas para esses alunos, que ao mesmo tempo em que terão atendimento mais individual, ainda terão aula em conjunto com os outros colegas. Assim, essas crianças poderão se desenvolver melhor social e intelectualmente promovendo uma maior igualdade entre a população brasileira.